A Era Cósmica Áries
Ano 2.001 a.C ao Ano Zero
Áries ou Carneiro, cujo signo tem o desenho deste animal em sua constelação no Zodíaco. O deus-faraônico Amon, cujo reino ocorreu nesta transição de Eras, coincidentemente, ou não, tinha a imagem de um carneiro de ouro. Figura venerada pelo povo, o deus Amon também era representado como um homem vestido com traje real, tendo sobre a cabeça duas altas plumas do lado direito.
A figura de Amon é lembrada nas ruínas das paredes dos templos antigos do Egito. Também, uma milenar homenagem se apresenta na figura do carneiro animal, possível de ser apreciada num dos maiores templos do mundo em ótima preservação, a “Avenida de Carneiros”.
Localizada na cidade de Luxor, a 750 km do Cairo – no templo de Karnak – dedicado à tríade de Tebas, a “Avenida de Carneiros” é um longo caminho, uma avenida mesmo, com muitos e imensos carneiros de ambos os lados enfileirados, ao lado esquerdo da principal entrada da cidade. Ora, por que justamente carneiros? A fonte inspiradora dos escultores com certeza não foi vê-los pastando calmamente pelos campos, mas do animal estampado no alto dos céus, sobre suas cabeças. A imagem do bicho refletida no Cosmos assegurou o nome de sua constelação. O brilho estelar intenso no céu límpido noturno desta antiguidade revelou-o, no momento em que o sol diurno aquecia o início da Estação da Primavera, o Equinócio da Primavera.
Áries, o primeiro dos signos do Zodíaco padrão. A ele toda a honra no preparo dos cultos, sacrifícios e oferendas feitas, tornando o carneiro o representante do poder do combate e da guerra, “o carneiro de ouro”.
Em Áries dá-se o início do Zodíaco, o Número 1 dos signos, aquele que encabeça os demais signos de tempos passados e vindouros. Nesta Era de Áries, da mesma forma, a cabeça representava o destaque da inteligência e da personalidade. No corpo humano é a cabeça, a parte que lhe cabe, e a ela se atribui diferentes significados, como: aquele que comanda os outros, “o” cabeça ou a parte da vestimenta destacada do traje, ornada nos figurinos reais, realçada nas coroas dos reis e rainhas; o capuz usado pelos sacerdotes para preservá-los da exposição mundana; os capacetes usados nos trajes de guerra, tornando os capitães e soldados poderosos e protegidos, ou ainda as cabeças decapitadas dos inimigos capturados e colocadas como estandartes para demonstrar força e vitória. Nesta Era de Áries, a cabeça identificava imediatamente aqueles que lideravam, fosse por estar imposta no figurino, pela ação corajosa no comando ou pela inteligência. Motivados por sede de sangue e justiça, foi este o período mais violento entre os homens.
Personalidades guerreiras e pensadores ímpares que contemplamos como verdadeiras “cabeças da Humanidade” surgiram nesta Era. Indivíduos que se destacaram pelo forte comportamento de líder que tiveram, destacando-se como uma identidade dos demais que o cercavam, como se destaca “a cabeça” das outras partes do mesmo corpo, talvez por estar erguida ou ostentar algo diferenciado como um enfeite, capacete, ou coroa.
Em contrapartida, temos no oposto Libra, como o complementar. No entanto, não há um comando, um pensador se não houver seguidores, portanto temos estimulado por Libra o público, os parceiros as alianças e, claro, os seguidores. Libra, cuja imagem é a Balança, nos revela a Justiça feita através da diplomacia, visando o bem de todos. Libra tem sua regência em Vênus, cujas características correspondem à energia feminina e jovem, a beleza estética, a harmonia, o parceiro, aquele que acompanha e realiza sua conquista através da arte e do amor.
Temos na mitologia greco-romana as definições de Marte – nome do deus romano da guerra, equivalente ao grego Ares, filho de Juno e de Júpiter. Ares tinha uma irmã chamada Minerva, que representa a guerra justa e diplomática (Libra), enquanto ele, Ares, era um sanguinário guerreiro (Áries). Marte, apesar de bárbaro e cruel, tinha o amor da deusa Vênus, e com ela teve um filho, Cupido e uma filha mortal, Harmonia (Libra). Também na mitologia lusitana temos Mars Cariocecus, o deus lusitano da guerra. Foram os deuses que sugeriram a Era e seus regentes, ou foi a Era que os sugeriu? Uma força tamanha, vinda do alto, capaz de marcar este período da História, juntamente com a Era em percusso e sua vibração cósmica em pleno exercício.
Texto extraído, em partes, do livro “A Era Cósmica Áries” de Regina Braga Nascimento