Era Cósmica Touro
4.001 a.C. a 2.000 a.C.
O boi Ápis era um animal sagrado para os antigos egípcios porque representava os deuses Osíris e Ptá. Na cidade de Mênfis o seu culto aconteceu desde a I Dinastia. Esse animal representava ainda a forma da natureza.
A força predominante da natureza, nestes tempos antigos, com a regência dos signos animais Touro e Escorpião, sem duvida contribuiu para a adoração de deuses animais. De fato, os povos temiam o Universo e sentiam o poder maior operante do Sol e da Lua, os reverenciando como os maiores dos deuses, acima dos deuses animais que reinaram nesta Era Touro/Escorpião. O Sol, por tudo clarear, recebeu o nome de Osíris, aquele que possuía mil olhos, pois seus raios a tudo alcançavam. Durante o Império Antigo, Osíris assumiu a vertente de deus funerário, acessível aos reis. Mas, os costumes fúnebres envolvendo a população fez com que este deus também passasse a ser cultuado pelo povo. Muitos monumentos foram erguidos a Osíris e sua esposa e irmã Isis, e do filho Hórus.
O Egito Antigo ou Baixo Egito foi uma das maiores civilizações da Antiguidade e o seu surgimento deu-se a partir de aldeamentos agrícolas no vale do rio Nilo, na África, em cerca de 4000 a.C. Os antigos chamavam seu país de Kemet, que significa negro (por causa da terra).
O Sol se encontrava ao 0º de Touro do Zodíaco Sideral, por volta de 4.001 a.C., signo, cuja influência reflete beleza e solidez aplicadas no elemento terra/matéria. Toda a potência essencial desta Era de Touro/Escorpião se fez presente, na beleza estética/social atribuída a Vênus/terra e o seu regente opositor Plutão – o grande dominador e transformador, transmitidas através de emanações cósmicas no decorrer de dois milênios decorrentes desta Era.
Vênus o regente de Era de Touro
A “Chave da Vida” e o símbolo de Vênus são muito semelhantes. Vênus, regente de Touro se mostrou neste objeto, um dos mais importantes do Antigo Egito, cujo nome é ANKH. Trata-se de uma cruz com uma figura geométrica oval sobreposta, que aparece empunhado pelos faraós em inúmeras pinturas ornamentais. O desenho egípcio se assemelha muito ao símbolo astrológico de Vênus uma cruz com um círculo sobreposto, cujo significado, dado a Vênus, é exatamente o Amor. Por serem as figuras tão iguais, podemos concluir que a Chave da Vida é o AMOR.
VÊNUS E AS MULHERES EGÍPCIAS
Este período regido por Vênus – o planeta feminino – acentuou o privilegiar das mulheres. Relatos históricos de arqueólogos asseguram que as mulheres egípcias desfrutavam de direitos e eram dignas de apreciação, sempre muito consideradas por seus dotes de beleza, sedução ou culinária. A igualdade de gênero era reconhecida e o sexo feminino tinha o direito de escolher um parceiro para a vida toda, ou seja, o amor verdadeiro era buscado e preservado! E, quando ficavam viúvas podiam administrar os bens, assumir os negócios da família e escolher seu novo marido.
Apesar de toda influência amorosa e prazerosa e financeira oferecida por Vênus da matéria, a oposição existente de Plutão acentua a enorme necessidade de “ter” o objeto desejado, que somado ao elemento terra, aumenta ainda mais a primordial necessidade de posse. A este forte estímulo associou-se a expressão verbal “eu tenho”, que se reflete na Era sob sua gestão, como a essencial necessidade de se obter o total domínio da posse dos bens materiais.
Sob a influência de Vênus/terra deu-se o luxo extraordinário dos palácios faraônicos nesta Era do Antigo Egito, cujos faraós e suas famílias desfrutavam em suas residências. As peças de metais nobres, para restringi-las em peças únicas e originais, eram criadas por artesões cujas técnicas e perícias se diferenciavam das demais, tornando-as extremamente belas e exclusivas, pertencente à determinada dinastia. A qualidade dos artesões e o grande número de criados demonstrava o poder de posse de uma residência faraônica.
O “pertencer ou o ter” dos faraós e dos ricos comerciantes se abrangia ao corpo físico dos bailarinos e bailarinas e todo o elenco dos músicos, acrobatas e quantos mais houvesse, mágicos, anões, bobos, enfim todo o contingente de servos e servas que serviam ao dono do palácio. A trupe de “artistas” costumava sem bem abastada, pois com a regência de Vênus/Plutão – união dos planetas do amor sedutor e das danças sexuais, a necessidade do viver saboreando os prazeres junto a banquetes era compreensível. Tudo dentro dos padrões existentes, despontados nestes dois milênios.
O luxo reluzia no cotidiano do palácio à vida social fabulosa dos proprietários.
Com a vibração do “ter” em vigor, os faraós quiseram perpetuar esses prazeres mundanos descobertos e apreciáveis que ocorridos em suas propriedades e, para mantê-las em posse, os bens materiais e alguns criados pessoais passaram a partir de então a pertencer aos herdeiros diretos. A seguir, passaram os antigos egípcios a acreditar serem “os dotes e os talentos pessoais” traços transmitidos aos filhos. Por tal motivo, e por acreditarem terem sidos escolhidos por deuses, o “ser mantido e eternizado” deveria ser mantido através da transmissão da hereditariedade do sangue.
Os antigos egípcios acreditavam no pós-morte, cuja alma após sua viagem solitária, retornaria ao corpo, tornando-se necessária a preservação dos requintes e pertences valiosos para acolhê-la, devidamente e assim, o faraó retornaria já abastecido com seus pertences. Por esse motivo, em tumbas encontradas em sítios arqueológicos, junto aos faraós falecidos, encontram-se os esqueletos dos guardiões e escravos enterrados vivos, que lhe serviram em vida para continuarem servindo. Por esses e outros motivos, a vida dos antigos egípcios sempre foi o fascínio dos arqueólogos.
Touro X Escorpião
Pela regência de Vênus (Touro), planeta associado à sociabilidade, a beleza e ao conforto material, e Plutão (Escorpião) vinculado à posse, ao controle movido pelo carisma, sensualidade, penetração e a transformação daquilo que existe, esta Era foi abençoada por ter permitido que a humanidade herdasse sua história material, juntamente com seus enigmas indecifráveis.
Texto extraído do livro A Era Cósmica Touro de Regina Braga